A tradução técnica para iniciantes

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A tradução técnica para iniciantes

By Rodrigo Camargo | Published  05/1/2021 | Art of Translation and Interpreting | Recommendation:RateSecARateSecIRateSecIRateSecIRateSecI
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Quicklink: http://hrv.proz.com/doc/4771


A Tradução Técnica para Iniciantes


Rodrigo Rodrigues Camargo 1



Resumo


O presente trabalho traz uma breve apresentação de alguns dos aspectos conceituais e práticos
da profissão de tradução. Os objetivos gerais e específicos se consubstanciam na apresentação
dos temas introdutórios e basilares para a profissão, pontuando as diferenças e similaridades
entre as atividades de tradução e a de interpretação. Há também a apresentação das CAT Tools,
e a menção de outras ferramentas e softwares que servem como apoio para as tarefas de
tradução, bem como de algumas noções administrativas e de negócios para o efetivo exercício
profissional, particularmente, no que concerne à cobrança por serviços prestados. A
metodologia aqui empregada foi a da pesquisa em fontes bibliográficas primárias, ou seja, em
livros e artigos produzidos por estudiosos desse campo do conhecimento. Não obstante, outras
fontes subsidiarias foram utilizadas, o que possibilitou a extração de algumas informações
relevantes de uma entrevista com duas professoras da PUC-SP, são elas a Professora Dra. Alzira
Leite Vieira Allegro, e a Professora Dra. Luciana Carvalho Fonseca. A entrevista foi concedida
à TV-PUC, em 2014, no programa Desafio Profissão apresentado pelo orientador profissional
Silvio Block. Esse estudo evidencia a eficácia de métodos que alinham a teoria à prática, e que
estas são interdependentes e necessárias à formação profissional.




Palavras-chave: Tradução Técnica. Interpretação. Tradução Automática. CAT Tools.




1
Bacharel em Relações Internacionais, Universidade Católica de Brasília. Pós-
graduando em Tradução de Inglês, Universidade Estácio de Sá.
2




Abstract


This work shows a brief presentation of some of the conceptual and practical aspects of the
translation profession. The general and specific objectives are embodied in the presentation of
the introductory and basic themes for the profession, punctuating the differences and
similarities between the activities of translation and that of interpretation. There is also the
presentation of CAT Tools, and mention of other tools and software that serve as support for
translation tasks, as well as some administrative and business notions for effective professional
practice, particularly concerning charging for services provided. The methodology used here
was that of research in primary bibliographic sources, that is, in books and articles produced by
scholars in this field of knowledge. However, other subsidiary sources were used, which made
it possible to extract some relevant information from an interview with two professors from
PUC-SP, Professor Dr. Alzira Leite Vieira Allegro, and Professor Dra Luciana Carvalho
Fonseca. The interview was given to TV-PUC, in 2014, on the Desafio Profissão program
presented by professional advisor Silvio Block. This study shows the effectiveness of methods
that align theory to practice, and that they are interdependent and necessary for professional
training.




Keywords: Technical Translation. Interpretation. CAT Tools.




INTRODUÇÃO




Essa pesquisa tem por objetivo discorrer sobre alguns dos desafios enfrentados pelo tradutor
técnico no início de sua jornada profissional e apresentar alguns dos tópicos importantes da área
da tradução especializada. Algumas questões introdutórias envolvendo aspectos de
gerenciamento do negócio, do uso de ferramentas de informática que auxiliam os tradutores, e
da cobrança pelos serviços prestados serão também mencionadas dada a importância desses
3


assuntos, entretanto, elas serão apresentadas de modo breve, levando-se em consideração que
um maior aprofundamento dessas questões poderá ser feito em uma outra ocasião. Uma outra
questão importante é a de “não sentar em cima do conhecimento” adquirido na pós-graduação
de Especialização em Tradução de Inglês - Português, mas, utilizá-lo. A ênfase, contudo, será
dada ao profissional de perfil iniciante nesse campo específico do conhecimento que é a
tradução técnica da língua inglesa para a portuguesa do Brasil.


JUSTIFICATIVA


Esse projeto se justifica devido ao fato de que a questão central investigada é de interesse geral
dos profissionais envolvidos com os aspectos mais práticos da área de tradução. O que não
significa dizer que as teorias devam ser desprezadas, uma vez que o desenvolvimento
profissional pleno do tradutor não pode prescindir do arcabouço teórico pré-estabelecido pelos
pioneiros e por aqueles que se aprofundaram nos estudos da área. Esse campo do conhecimento
apresenta níveis de complexidade razoáveis dada a riqueza de detalhes encontrados nos
processos tradutórios que envolvem não somente o domínio dos idiomas tratados, o que, a
princípio, e numa visão leiga do assunto poderia até parecer o suficiente para atuação
profissional na área. No entanto, o conhecimento técnico das ferramentas de informática de
apoio ao tradutor e de outros fatores chaves também se faz necessário no mercado de trabalho
de tradução dos dias atuais. Logo, o uso do computador e de variados softwares, e também as
noções básicas de gestão de negócios são muito importantes para que os tradutores tenham
sucesso em suas empreitadas. Ademais, ainda quanto às teorias, elas servem como subsídio em
todas as etapas da formação profissional para que a excelência técnica seja alcançada, pois a
prática não é dissociada da teoria, elas são, sem dúvida, interdependentes, e o ótimo
desempenho será sempre exigido dos tradutores profissionais. Não é exagero afirmar que
mesmo os tradutores iniciantes tem o seu desempenho e eficácia testadas no mais alto grau de
exigência pelos clientes que contratam os seus serviços. Não há espaço para amadorismos nessa
área. Tendo esses aspectos norteadores mencionados, espera-se que esse breve, mas, oportuno
estudo, possa contribuir de algum modo para elucidar algumas questões iniciais concernentes a
esse campo de atuação profissional.


REVISÃO TEÓRICA
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No livro Traduzir com autonomia, estratégias para o tradutor em formação, os autores Fábio
Alvez, Célia Magalhães, e Adriana Pagano propuseram “uma abordagem da tradução centrada
em estratégias ou ações que conduzem, de forma eficaz e adequada, de problemas tradutórios”.


Segundo eles, “A ideia de levar o tradutor em formação a desenvolver estratégias de tradução
está imbuída do espírito de conscientizá-lo da complexidade do processo tradutório e da
necessidade de monitorar suas ações e examinar com cuidado as decisões tomadas ao longo do
processo decisório.” (PAGANO). E sobre a conscientização do tradutor, a autora discorre com
mais detalhes no trecho abaixo:


“A conscientização desse tradutor envolve um redimensionamento do conceito de
aprender, o qual passa a demandar que o aprendiz se torne diretamente responsável
pelo seu próprio processo de aprendizagem. Em outras palavras, espera-se que o
aprendiz se torne autônomo para escolher o caminho mais adequado, para selecionar
e gerenciar as ações que melhor respondam a seus interesses e necessidades e para
buscar formas de apreensão e utilização de conhecimentos que sejam mais apropriadas
ao seu estilo individual de aprendizagem”. (PAGANO, 2000, p.7)

Há, segundo ela, “uma complexa rede de inter-relações subjacentes ao ato de traduzir”, e o
tradutor, teria, portanto, de estar sempre consciente de tal complexidade. Há crenças muito
comuns à atividade de tradução e ao tradutor, e qual seria a sua pertinência? Seriam elas
possíveis de validação? Uma outra pergunta que seria ainda mais importante ao profissional
tradutor: E quanto às estratégias de tradução, quais seriam elas e quais as mais adequadas?


No intuito de responder tais questionamentos, é preciso responder além do como traduzir, mas,
o que seria, afinal, a tradução. E esse mesmo questionamento é apresentado pela autora no
trecho a seguir:


“crenças sobre a tradução e o tradutor são, assim, todas aquelas percepções que se tem
sobre o que seja traduzir, o que é uma boa tradução, o papel do tradutor etc. No caso
do aprendiz de tradução, essas percepções filtram as formas de pensar e abordar a
tradução e tem um efeito considerável no desempenho do tradutor-aprendiz e no
trabalho a ser desenvolvido. Por se tratar de concepções sobre o processo tradutório
que podem não corroborar como adequadas ou positivas, as crenças podem conduzir
a uma tradução inadequada ou insuficiente.” (PAGANO, 2000, p.11)


As crenças variam de caso a caso, e também ao contexto cultural no qual se insere a pessoa.
Em linhas gerais, e de acordo com o pensamento de PAGANO, as crenças certas no processo
de aprendizagem conduziriam ao sucesso, e, as equivocadas levariam, fatalmente, à insatisfação
e ao fracasso. Ela explica da seguinte forma:
5



“Pesquisadores comprovaram como determinadas crenças – tais como a de que a
aprendizagem deva ser um processo rápido sem demanda de maior esforço – levam o
aprendiz a escolher formas muito superficiais de contato com o novo conhecimento,
produzindo-se uma interação pouco significativa cujo resultado é a não apreensão do
conhecimento”. (PAGANO, 2000, p.12)



A mesma constatação é válida quando se considera a área de ensino e aprendizagem de idiomas
estrangeiros:


“Pressupostos em relação ao método de aprendizagem de uma língua, o papel do
professor em sala de aula, a relevância da gramática no processo de aquisição da
língua, ou o roteiro a ser seguido para aprender o idioma são exemplos de crenças que
alunos possuem a respeito da aprendizagem de línguas estrangeiras (...) muitos alunos
acreditam, por exemplo, que aprender um idioma é aprender rapidamente e de uma
vez só uma série de regras gramaticas e vocabulários que serão guardados na memória
como conhecimento adquirido dessa língua. Após conseguirem um certificado de
conclusão de determinado nível, esses aprendizes interrompem seus estudos da
língua.” (PAGANO, 2000, p.10)


Em linhas gerais, o que costuma acontecer é o relativo ou total abandono das atividades de
aprendizagem, e que, por consequência, levam ao esquecimento do que foi aprendido e à
incapacidade de uso do idioma satisfatoriamente, uma vez que a manutenção das habilidades e
competências adquiridas na língua estrangeira requerem treino, esforços, atualizações, prática,
e melhoria contínua, a exemplo do que acontece em várias outras áreas do conhecimento. E
essa é uma daquelas que parecem particularmente sensíveis ao abandono da prática e do
aperfeiçoamento.


METODOLOGIA


A metodologia aqui empregada é a da pesquisa em fontes bibliográficas primárias, ou seja, em
livros e artigos produzidos por estudiosos do campo do conhecimento tratado, com os trechos
originais dos autores devidamente referenciados no corpo do texto, e a metodologia tem por
meta o alcance dos objetivos propostos. Não obstante, outras fontes subsidiarias serão
empregadas, tais como algumas informações extraídas de uma entrevista com duas professoras
da PUC do Rio de Janeiro, são elas a Professora Dra. Alzira Leite Vieira Allegro, e a Professora
Dra. Luciana Carvalho Fonseca, ambas discentes da PUC de São Paulo. A entrevista foi obtida
na página mantida pela mesma universidade no website Youtube. A preferência nesse estudo
será dada às páginas oficiais mantidas pelas instituições de ensino superior na internet, dada a
maior fidedignidade das informações prestadas pelos profissionais especializados. E embora
6


esse artigo aborde questões da área de tradução num caráter mais introdutório, ele se encontra
ancorado em informações e dados confiáveis. Mais detalhes são elencados a seguir.


DESENVOLVIMENTO


Uma primeira consideração a ser feita quanto ao tema proposto nesse estudo se faz acerca de
uma curiosidade do público em geral quando o assunto é a atividade de tradução. Há, sem
dúvida alguma, uma certa confusão entre os conceitos de tradução e o da interpretação por parte
do público leigo. De acordo com as professoras Alzira Leite Vieira Allegro, que é Bacharel em
Letras pela USP – Universidade de São Paulo, Mestre em Língua e Literatura Norte-Americana,
e Doutora em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês, em entrevista concedida à TV-PUC,
no programa Desafio Profissão apresentado pelo orientador profissional Silvio Block, e
disponível no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=lDdiJeQ7Jdg, pode-se afirmar,
quanto à tradução e a interpretação, em trecho de livre transcrição das falas da Professora
mencionada que:


“... elas são habilidades profissionais distintas, e que nem todo tradutor atua como
intérprete; e o mesmo vale para o profissional da interpretação em relação à tradução,
embora haja aqueles que atuem com boa desenvoltura nas duas áreas. As
características que as distinguem são o trabalho com a linguagem oral, que é o caso
da interpretação, e com a linguagem escrita que é a especificidade da área da tradução.
O intérprete fala com o orador, por assim dizer. O tradutor utiliza textos escritos.”


Ainda sobre as qualificações de Alzira Allegro, na ocasião da entrevista concedida no ano de
2014, ela lecionava Tradução e Literaturas de Língua Inglesa na PUC-SP, ministrava oficinas
de tradução literária e de inglês jurídico, atuava como tradutora pública e intérprete comercial,
e como tradutora literária. A outra convidada entrevistada na mesma ocasião no programa da
TVPUC se tratava de Luciana Carvalho Fonseca, à época Mestre e Doutoranda em Estudos
Linguísticos em Inglês pela USP, e Professora de Tradução Jurídica, Cultura e Interpretação
Consecutiva e Simultânea no COGEAE que é um Departamento da mesma universidade. Já
quanto à atividade de interpretação, segundo elucida a Professora Luciana Fonseca, há as
seguintes observações a serem feitas quanto às características que diferem seus tipos existentes:


“... A interpretação simultânea é a mais conhecida pelo público. Esse é o último estágio
do treinamento do intérprete por apresentar maiores dificuldades de ordem técnica. Essa
7


é a área de maior difusão social e também a mais difícil. Há também a interpretação
consecutiva, que é aquela feita após a fala. Nesse caso o orador fala e o intérprete fala
logo depois. E a tradução à prima vista: por exemplo, têm-se a situação do intérprete
que lê o texto em português e o reproduz em inglês, em voz alta. E vice-versa. Uma
outra modalidade seria a interpretação sussurrada: trata-se de uma técnica de
interpretação simultânea em voz baixa para apenas uma pessoa. É comumente vista
entre profissionais que prestam serviços para dignitários.”


As professoras asseveram que o domínio da língua inglesa é apenas um dos requisitos exigidos
daqueles que atuam na área, mas há outras capacidades exigidas e que integram o perfil do
profissional tradutor e intérprete. Há, também, segundo elas, as habilidades que são linguísticas
e as de memória. E é preciso compreender as sutilezas da língua, sendo isso necessário para que
se dê início ao treinamento do intérprete, e a mesma regra é válida para os que queiram atuar
como tradutores profissionais.


A tradução:


De acordo com a Professora Dra. Alzira Leite Allegro, há outras considerações necessárias a
serem feitas para que haja o entendimento das características que diferem as atividades da
tradução e da interpretação:


“...Embora sejam áreas distintas, a tradução pode ser considerada como a base para as
duas. Não é incomum que as pessoas peçam para que o tradutor faça uma tradução
simultânea, dada a confusão criada pelo desconhecimento das especificidades de cada
uma delas. Na tradução, tal como na interpretação, é exigido conhecimento
aprofundado na língua de origem, e da de chegada, para que se possa trabalhar na área
de tradução técnica com textos escritos nos mais variados assuntos.”



Ainda, segundo a mesma professora:


“...A tradução literária exige muita cultura, é de se pontuar que é uma área que exige
certa intelectualidade, conhecimento, e, certamente, profundo interesse por obras
literárias de autores consagrados. De fato, esse é um requisito geralmente encontrado
nos bons tradutores. Logo, o nível cultural, o conhecimento da língua, a paciência, a
parcimônia e a experiência contam muito para o atingimento da finalidade que é
manter os sentidos, e, portanto, ser fidedigno ao que o autor escreve; ao mesmo tempo
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que se espera que o resultado alcançado não seja literal ou mecanicista, mas tendo sim
a qualidade de bem adaptar o texto à língua de chegada. Não é tarefa fácil.”


O tradutor, no seu dia a dia, portanto, se depara com situações muito complicadas e não pode
se furtar de buscar soluções satisfatórias. Não há que se falar em cultura inútil adquirida ao
longo da vida de uma pessoa que queira atuar nessa área, pois, o tradutor pode, e deve, utilizar
de todo o conhecimento que seja capaz de adquirir e de que venha a dispor para a consecução
de suas missões de trabalho diárias. Isso tudo revela ter muita utilidade. Não obstante, a
tradução técnica também pode ser igualmente desafiadora. No geral, se observa que o tradutor
e o intérprete transitam em variadas áreas do conhecimento. E a amplitude cultural os torna
capazes de articulação em diversos mundos, por assim dizer.
Alzira Allegro também afirma que há alguns exemplos da diferenciação do ser humano com a
máquina, e vale aqui a menção desse tema, pois há esforço contínuo de aliar a tradução às novas
tecnologias por parte do meio empresarial, da academia e dos governos. Esses tópicos serão
abordados com mais detalhes logo à frente. Sobre a diferenciação entre os seres humanos e as
máquinas nos processos de tradução, vale dizer que ela ocorre nas habilidades de compreensão
de contextos, ironias, sarcasmos, de figuras de linguagem diversas, etc.


Assim sendo, no curso de Pós Graduação em grau de Especialização em Tradução de Inglês –
Português da Universidade Estácio de Sá, uma das lições que podem ser extraídas é que a
tradução automática resolve somente em parte os problemas tradutórios, mas ela sempre
necessita de revisão humana nos processos tradutórios, dados os problemas linguísticos que só
o fator humano pode resolver ainda nos dias de hoje. Tratam-se dos fatores linguísticos e de
interpretação já citados, e de outras sutilezas que a máquina não é capaz de distinguir ou de
compreender os seus significados. Um outro aspecto importante a ser observado sobre o
profissional que atua nesse campo do conhecimento, e que também tem destaque nos
ensinamentos dos professores do curso de Especialização da Estácio, é que eles devem ser,
sobretudo, bons pesquisadores, pois a pesquisa é condição sine qua non para o bom
desenvolvimento das suas atividades, sendo impossível vislumbrar bons resultados sem que
haja incessante pesquisa. A construção de glossários para validação de termos é exemplo de um
tipo de trabalho essencialmente de pesquisa, e sem os glossários fica difícil, se não, impossível
provar a efetividade do trabalho de tradução, seja ele em qualquer área.
A Professora Luciana Fonseca da PUC-SP, elenca também outros fatores: a da resolução de
problemas envolvendo as questões culturais e de equivalência, pois estas estão sempre presentes
9


na tradução, principalmente no campo literário. Para o leitor do texto traduzido é importante
que a tradução seja reflexo do texto original, ou seja, que mantenha os seus sentidos, sendo
assim fidedigna. Logo, segundo ela pontua, o tradutor tem responsabilidade, então, no processo
de transposição ou transcrição em traduções, e deve, por meio dessas, entregar o melhor
resultado possível. O tradutor necessita, além de possuir o mais abrangente conhecimento
possível da língua estrangeira, ter também uma ótima redação na sua língua materna. Sem isso,
a sua tarefa torna-se inviável.
O tradutor é, nessa perspectiva, um coautor dos textos que traduz ou interpreta, não obstante,
não é incomum que esse profissional seja encarado pelas editoras, de um modo bastante
reducionista, apenas como sendo parte dos custos do negócio. O nome do tradutor geralmente
não aparece nos textos de áreas técnicas por ele traduzidos. Nos textos literários, contudo, é
prática bastante comum a menção dos nomes dos profissionais responsáveis pelas traduções. O
que acaba por conferir a eles certo reconhecimento e prestígio no circuito literário e de tradução.


Outras considerações quanto à profissão de tradutor:


A profissão de um tradutor iniciante e freelancer não é fácil. Há momentos em que há mais
trabalhos, e outros com menos demanda, e com isso podem ocorrer flutuações na renda. Logo,
apesar da possibilidade de obtenção de ganhos atrativos, faz-se necessário ter parcimônia para
lidar com eventuais períodos de escassez. Não obstante, a carga de trabalho em tempos normais
no comportamento do mercado também pode ser razoavelmente definida pelos profissionais,
particularmente, aqueles de perfil mais consolidado na área, bem como pode haver uma
previsão relativa de quanto eles esperam receber de remuneração em períodos pré-
estabelecidos. Para isso, o profissional precisa ser proativo, engajado, muito bem organizado e
necessita estabelecer uma rede de relacionamentos, bem como uma carteira de clientes que
demandem tarefas com uma certa regularidade. Tem que haver planejamento, o que pode
possibilitar a previsibilidade dos ganhos. O gerenciamento do tempo e a produtividade também
são fatores chaves para a obtenção do sucesso na profissão. Vale a menção de que esses
requisitos e aspectos são abordados durante o curso de Especialização da Estácio de Sá.


Por conseguinte, para os iniciantes, a administração dos recursos, do tempo, e da noção de
quanto cobrar pela prestação de serviços podem ser tarefas difíceis. Mas há onde buscar auxílio
quanto à cobrança por serviços profissionais na área, e o principal local de referência para se
obter os valores médios cobrados no mercado de tradução, é, sem dúvida, no website do Sintra
10


- Sindicato Nacional dos Tradutores, no link: https://www.sintra.org.br/valores-de-referencia/,
no qual há tabelas disponibilizadas com os valores base para a remuneração de cada tarefa que
o tradutor realiza para os clientes em todas as regiões brasileiras. As tarifas tem preços
diferentes entre as regiões. A título de exemplo, no endereço web do sindicato encontram-se os
valores para os serviços de tradução e versão (exemplo de versão é a situação na qual é
necessário se traduzir um texto do idioma português para o inglês, ou, em outras palavras, uma
tradução do idioma nativo para o idioma estrangeiro), tradução juramentada, interpretação de
conferência e interpretação de libras, tradução de multimídia, que se subdivide em vários
tópicos, tais como os de transcrição de áudio, filmes para cinema, vídeos para televisão ou em
geral, tradução para dublagem, e outros serviços de multimídia, além das taxas de urgência,
conforme o caso. Ou seja, há a precificação de uma ampla gama de serviços especializados
desse campo do conhecimento no site mencionado, e é recomendável que os tradutores utilizem
as informações lá disponíveis. Quanto à sindicalização, essa só é possível após três anos de
efetivo exercício profissional comprovados, segundo informações do próprio sindicato. Essa
informação pode ser encontrada também no seguinte endereço web:
https://www.sintra.org.br/filiacao-sintra/. No anexo desse artigo poderão ser visualizadas
algumas das tabelas com as tarifas atualizadas de alguns dos serviços mencionados.


Há ainda outras considerações relevantes quanto às atividades de tradução. Para Lefevere, a
tradução pode ser definida ou associada à:


“(re)escrita, que é manipulação, realizada a serviço do poder, e em seu aspecto
positivo pode ajudar no desenvolvimento de uma literatura e de uma sociedade.
As reescritas podem introduzir novos conceitos, novos gêneros, novos
recursos, e a história da tradução é também a história da inovação literária, do
poder formador de uma cultura sobre outra. Mas a reescrita também pode
reprimir a inovação, distorcer e controlar, e em uma época de crescente
manipulação de todos os tipos, o estudo dos processos de manipulação da
literatura, exemplificado pela tradução, pode nos ajudar a adquirir maior
consciência a respeito do mundo em que vivemos.” (LEFEVERE, 1992, p. vii)


Logo, a autora enfatiza o papel dos “agentes de continuidade cultural, do contexto receptor na
transformação de textos e criação de imagens de autores e culturas estrangeiras, bem como o
da tradução na criação de cânones literários”. (ibid., p. 138). Para Bassnett e Lefevere, a
tradução pode ser entendida, ainda, como:
11



“a tradução é uma das muitas formas sob as quais as obras de literatura são reescritas”
(1990, p. 10), incluindo-se entre as outras formas as resenhas, a crítica, a historiografia
literária, as antologias e as transposições para outros sistemas semióticos, como, por
exemplo, o cinema, a televisão e o teatro. As reescritas, portanto, produzem novos
textos a partir de outros já existentes, garantindo, assim, a sobrevivência das obras
literárias, e contribuem para construir a “imagem” de um autor e/ou de uma obra
literária (ibid., p. 10).


A tradução, então, é concebida como uma atividade orientada por normas culturais e históricas:
a própria escolha dos textos a serem traduzidos, as decisões interpretativas tomadas durante o
processo tradutório, a divulgação, a recepção e a avaliação das traduções são fatores
consideravelmente influenciados pelos distintos contextos socioculturais.


Considerações quanto à tradução automática e as CAT Tools:


Há mais de meio século empresas vem desenvolvendo os meios para o emprego de sistemas de
tradução automatizada. Os sistemas, no início, tiveram seu manuseio limitado a órgãos e
entidades de pesquisa que os financiavam, e os usavam em caráter restrito. O custo da obtenção
dos sistemas era caro e quase proibitivo para alguns, portanto, não haviam muitos usuários fora
do círculo empresarial e corporativo com acesso às novas ferramentas. Era, contudo, um estágio
inicial que necessitava de muita correção para a adaptação real de uso, pois os sistemas ainda
eram rudimentares. Já nos dias atuais, conforme pontuam, Alfaro e Carmelita Dias:


“Nos dias de hoje, contudo, a disseminação de informações através da Internet
fomentou o uso de tais sistemas por usuários leigos. A quantidade de informações que
podem ser repassadas através de redes é inimaginável, assim como o número de
usuários de línguas completamente diferentes que têm acesso a essas informações.
Soma-se a isso a aparente comodidade proporcionada por tais sistemas a usuários que
precisam verter seus textos para outras línguas, porém não possuem o conhecimento
e a habilidade para tanto e se sentem atraídos pela velocidade com que isso poderia
ser feito.” (ALFARO, DIAS, 1998, p.3)



Com o passar do tempo, outros sistemas surgiriam, tais como o Globalink. Os resultados,
contudo, permaneceriam aquém do esperado:


“Ultimamente, então, passaram a fazer parte da configuração de muitos computadores
do mundo todo alguns sistemas de tradução, como o Globalink. Ao mesmo tempo,
alguns programas de busca pela Internet começaram a oferecer esse serviço, como o
12


sistema de tradução Systran, acoplado ao programa de busca AltaVista. Acostumados
a ler textos traduzidos – e geralmente bem traduzidos – por pessoas experientes, os
usuários colocaram sua expectativa diante de tais programas no mesmo patamar.
Esperavam textos claros e corretos em suas próprias línguas, com a vantagem
adicional da rapidez, pois desta vez a tarefa seria cumprida por uma máquina eficiente.
Essas expectativas podem ser guiadas tanto pelas primeiras ideias que fomentaram a
pesquisa e o desenvolvimento dos sistemas de tradução por máquina, nos anos 1940,
quanto pela divulgação dos sistemas atuais junto ao público leigo. O que se vê, no
entanto, é um conjunto de textos que poucas vezes se assemelham àqueles escritos por
falantes do idioma. Como consequência, a expectativa é totalmente frustrada, visto
que não se pode esperar perfeição de um sistema que não é perfeito. De fato, para o
usuário leigo, um sistema de tradução automática serve apenas para que ele perceba o
assunto do texto na língua estrangeira – nada mais que isso. Contudo, para o usuário
que também é tradutor, um sistema de tradução por máquina é uma ferramenta válida
e confiável, que pode lhe fazer ganhar tempo e eficiência.” (ALFARO, DIAS, 1998,
p.4)



Portanto, um profissional pode sim se beneficiar muito do uso das máquinas para fins de
tradução. Não obstante, o leigo se frustra ao esperar resultados 100% satisfatórios apenas com
o emprego delas. A verdade é que sem a intervenção humana, mesmo nos dias atuais, não há
ainda tradução por máquina que seja efetiva, portanto, o tradutor humano ainda é indispensável,
e assim permanecerá por um bom tempo. Vejamos os desdobramentos das constatações
mencionadas em trecho anterior, e a reafirmação da necessidade do tradutor humano nos
processos tradutórios:


“O que muita gente não sabe, no entanto, é que os programas de tradução automática
- inseridos na área da linguística computacional - não têm como meta nem digladiar-
se com os usuários de computadores, muito menos, tomar o lugar dos tradutores
(assim como certamente não estão preparados para traduzir a letra de hinos nacionais
ou de crônicas literárias), como dita a crença geral. Daí a necessidade de, em primeiro
lugar, descobrir o que é a tradução automática: como surgiu, quais os seus objetivos,
as dificuldades que enfrenta, os progressos feitos e os benefícios que traz cada vez
mais para os tradutores profissionais. A partir daí, os sistemas automáticos de tradução
podem ser compreendidos e analisados - e, por conseguinte, tornar-se passíveis de
serem proveitosamente utilizados pelos usuários e melhorados cada vez mais.”
(ALFARO, DIAS, 1998, p.9)


Os sistemas de tradução automática não são perfeitos, não obstante, é inegável a ajuda que
fornecem aos profissionais que atuam nesse campo em termos de aumento da produtividade em
seus trabalhos:


“Com a aceleração cada vez mais vertiginosa da disseminação de informações, a
tradução rápida, eficiente e barata foi-se tornando cada vez mais necessária; por outro
lado, o número de tradutores competentes não tem aumentado de acordo com o
crescimento da demanda. Daí o interesse pela tradução automática, que visa, acima
de tudo, facilitar o trabalho dos tradutores, principalmente aqueles especializados
numa determinada área.” (ALFARO, DIAS, 1998, p.11)
13




E quais seriam, hoje, as principais ferramentas de tradução por meio de computadores? Na
literatura especializada da área e nos websites das agências de tradução esse tipo de informação
é disponibilizado. A exemplo disso, tem-se algumas informações úteis extraídas do website da
empresa Aliança Traduções, no link https://aliancatraducoes.com/br/o-que-sao-cat-tools/. No
entanto, não há aqui recomendação ou o endosso ao uso dos serviços especializados de
nenhuma agência em particular, sendo que as informações encontradas e extraídas do website
dessa agência são utilizadas, tão somente, a título de contextualização. Por conseguinte, essa
agência descreve as CAT Tools em sua página web da seguinte forma:

“À primeira vista, o nome pode remeter a um gato e causar confusão sobre o que seriam
‘ferramentas de/para gato’. Na realidade, CAT Tools são ferramentas de Tradução
Auxiliada por Computador (no inglês, Computer-Assisted Translation). As CAT Tools
são softwares e hardwares que ajudam o tradutor no processo de tradução, porém não
devem ser confundidas com a tradução automática ou tradução de máquina (um
exemplo de tradução automática popular é o Google Tradutor).”

Alguns exemplos de softwares que ajudam os tradutores tanto na produtividade quanto na
qualidade das suas traduções, segundo a mesma agência, são:

“Softwares com memória de tradução: são usados no processo de tradução, o texto é
segmentado em fragmentos menores e o tradutor indica a tradução correspondente
àquele fragmento. Essa correspondência é salva em uma memória de tradução e pode
ser usada para garantir a padronização naquele texto ou auxiliar trabalhos futuros do
cliente. Softwares de gestão de terminologia: frequentemente, o cliente possui uma
terminologia muito específica que deve ser usada em todos ou alguns de seus
trabalhos. Para isso, usamos softwares de gestão de terminologia que automatizam o
processo de aplicação da terminologia e de verificação de seu uso. Softwares de
alinhamento: quando o cliente já possui uma tradução daquele trabalho e deseja
atualizar a tradução com mudanças feitas no texto original, podemos usar o texto
original e a tradução para criar uma memória de tradução e agilizar a atualização do
texto. Outros softwares utilizados no processo de tradução incluem corretores
ortográficos, verificadores de gramática, bancos de dados de terminologia e
dicionários online, softwares de gestão de projeto, softwares de comparação de
documento, entre muitos outros.”


Assim como em outras áreas, a tradução continua a passar por transformações constantes que
incluem o uso crescente da tecnologia para otimizar processos, aumentar a produtividade, e
garantir a padronização e a qualidade.
14


As CAT Tools– Computer - Assisted Translation mais conhecidas disponíveis no mercado são
a SDL Trados, a WordFast, a Lilt, e a MemoQ, e elas podem ser utilizadas tanto na modalidade
on-line, como em modo off-line, a depender da ferramenta e do perfil do cliente e da tarefa a
ser realizada. A questão geralmente considerada, além da funcionalidade dos softwares, é a da
segurança dos dados e informações, da proteção da propriedade intelectual dos textos dos
clientes, portanto, da confiabilidade do método empregado nos trabalhos tradutórios para
proteger informações sensíveis. O modo off-line, em particular, tem sido considerado um
método mais seguro, não obstante, as modernas técnicas criptográficas de dados atuais
conferem também a segurança necessária para a proteção das informações e textos dos clientes
na modalidade on-line. A exemplo disso, a SDL Trados disponibiliza hoje uma ferramenta de
armazenagem do tipo Cloudstorage.

Algumas das novas tecnologias, porém, devem ser evitadas quando o assunto é a prestação de
serviços profissionais da área em destaque e que não devem ser confundidas com as CAT tools.
A exemplo disso, tem-se a popular ferramenta on-line de tradução automática da empresa
Google. Faz-se necessário mencionar que não é recomendável o seu uso nos trabalhos
profissionais de tradução, pois recaem sobre esse serviço de tradução automatizada algumas
dúvidas sobre a garantia da confidencialidade dos dados ali inseridos pelos usuários. Uma outra
constatação é a ainda relativamente limitada capacidade tradutória até então do software dessa
empresa.

O Google tradutor, assim como outras ferramentas de tradução automáticas, pode, contudo,
servir para a tradução de manuais de instruções e folhetos explicativos que sejam simples, por
não exigirem maiores detalhes em termos linguísticos, mas que tenham por objetivo possibilitar
a leitura de orientações técnicas contidas nos manuais. Mas esse software não é indicado para
textos de maior complexidade que exijam tratamento profissional. A tecnologia, é verdade, tem
evoluído muito, mas ainda não tem o poder de substituir o intelecto humano, especialmente
nessa área.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


O presente estudo se justifica pelo interesse geral dos profissionais com os aspectos mais
práticos da área de tradução, especialmente no caso dos iniciantes na carreira de tradutor.
Alguns aspectos teóricos, contudo, foram abordados para contextualizar a evolução dos
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processos tradutórios ao longo do tempo e o que os caracterizariam, bem como, algumas
soluções viáveis no mercado disponíveis para uso pelos tradutores. Embora o desenvolvimento
profissional do tradutor não possa prescindir do arcabouço teórico pré-estabelecido por aqueles
que se aprofundaram nos estudos da área, e que fundamentaram várias de suas premissas, esse
breve estudo tem por objetivo apresentar um caráter introdutório aos temas da profissão,
baseando-se em algumas informações de cunho mais prático, básicas, e ainda assim relevantes
para os interessados no assunto. É importante reafirmar que esse campo de atuação apresenta
razoáveis níveis de complexidade, dada a riqueza de detalhes encontrados nele e dos
conhecimentos linguísticos e de ordem técnica exigidos dos profissionais que atuam nessa área.
A complexidade permeia, portanto, os processos tradutórios em si, que envolvem o uso de
softwares específicos e outras ferramentas úteis e com caráter subsidiário na consecução dos
trabalhos diários pelos tradutores que buscam a profissionalização. E alguma abordagem
conceitual se fez necessária, pois o arcabouço teórico serve também para subsidiar os tradutores
nas várias etapas de sua formação, até que se tornem profissionais plenos e de excelência
reconhecida, pois uma ampla gama de assuntos e conhecimentos é sempre exigido deles, no
que se reflete numa constante cobrança de resultados pelos clientes de seus serviços.

Assim como em outras áreas, a tradução passa por um processo de transformação constante que
inclui o uso crescente da tecnologia para otimizar processos, aumentar a produtividade, e
garantir maior padronização e qualidade. E uma das conclusões a que se pode chegar nesse
estudo foi a de que um profissional pode sim se beneficiar muito do uso das máquinas para fins
de tradução, desde que saiba como fazê-lo. Não obstante, o leigo geralmente se frustra ao
esperar resultados 100% satisfatórios apenas com o emprego delas. A verdade é que sem a
intervenção humana, mesmo nos dias atuais, não há tradução por máquina que seja efetiva,
portanto, o tradutor humano ainda é indispensável, e assim permanecerá por um bom tempo.


Por fim, vários tópicos relevantes foram abordados nesse estudo, e há aqui a convicção que os
objetivos propostos foram alcançados por meio dos conteúdos e reflexões apresentadas no texto
desse artigo.
16


REFERÊNCIAS


https://www.youtube.com/watch?v=lDdiJeQ7Jdg


webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~carolina/monografia/bibliografia.html


AltaVista Translation Service/SYSTRAN. http://babelfish.altavista.digital.com/cgi-
bin/translate

Globalink Power Translator Pro - Guia do Usuário. 1997.

Home page do SYSTRAN. http://www.systransoft.com/


ALFARO, Carolina; DIAS, Maria Carmelita Pádua. “Tradução Automática: uma ferramenta
de auxílio ao tradutor”. Cadernos de Tradução. n. 1, vol.3. Florianópolis: UFSC/PGET, 1998.
p.369-390


ALFARO, Carolina. Descobrindo, compreendendo e analisando a tradução automática.
Monografia do curso de especialização em tradução inglês-português. Rio de Janeiro: PUC-RJ,
1998.


https://www.sdltrados.com


https://www.academia.edu/4428974/As_Contribuicoes_de_Andre_Lefevere_e_Lawrence_Ve
nuti_para_a_Teoria_da_traducao


https://www.sintra.org.br/valores-de-referencia/


https://aliancatraducoes.com/br/o-que-sao-cat-tools/
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ANEXOS:




TRADUÇÃO E VERSÃO
Tipo Valor Modalidade Descrição

Tradução R$ 0,45 por palavra de um idioma estrangeiro para o português

Tradução R$ por lauda* de um idioma estrangeiro para o português (direitos auto
literária 43,02 parte)

Versão R$ 0,57 por palavra do português para um idioma estrangeiro

Versão literária R$ por lauda* do português para um idioma estrangeiro
58,07 (direitos autorais à parte)

Versão dupla R$ 0,59 por palavra de um idioma estrangeiro para outro idioma estrangeiro
(*) Uma lauda é definida como 30 linhas x até 70 caracteres (incluindo espaços) por linha. Isso é
igual a cerca de 2.100 cara


Taxa de administração/coordenação 5% a 10% a combinar.


REVISÃO DE TRADUÇÃO/VERSÃO
50% do valor da tradução/versão
Taxa de administração/coordenação 5% a 10% a combinar.



TRANSCRIÇÃO DE ÁUDIO
Transcrição de áudio 60 minutos

Em português R$ 643,59
(sem revisão da fala original)

Em português, com edição de texto (revisão da fala original) R$ 776,10

Em idioma estrangeiro R$ 810,41
(sem revisão da fala original)

Em idioma estrangeiro, com edição de texto (revisão da fala R$ 972,49
original)

Em mais de um idioma R$
(sem revisão da fala original) 1.216,20
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Transcrição de áudio 60 minutos

Em mais de um idioma, com edição de texto (revisão da fala R$
original) 1.459,91


FILMES PARA CINEMA
por cada 10 minut
Filmes para cinema, inclusive trailers
narração)

Tradução com roteiro original completo (sem digitação da marcação) R$ 289,85

Digitação da marcação R$ 60,34

Transcrição de diálogos e/ou narração em língua portuguesa R$ 289,85

Versão para legendas com roteiro original completo (sem digitação da marcação) R$ 473,23

Transcrição de diálogos e/ou narração em língua estrangeira R$ 473,23


VÍDEOS PARA TELEVISÃO OU EM GERAL
por minuto de pro
Vídeos para televisão ou veiculação eletrônica narração)
(cobra-se no mínim

Tradução para legendas com roteiro original completo (sem marcação de tempo) R$ 33,13

Tradução para legendas sem roteiro original (sem marcação de tempo) R$ 49,69

Tradução para legendas com marcação de tempo, acrescentar: 30%

Filmes técnicos, de treinamento ou documentário, acrescentar: 40%

Versão, acrescentar: 70%


TRADUÇÃO PARA DUBLAGEM
Para cinema ou TV, dadas as condições acima:


OUTROS SERVIÇOS DE MULTIMÍDIA
Serviço Valor

Redação de sinopse do filme por lauda de 1.250 caracteres (sem espaços) R$ 295,77

Revisão de tradução ou versão 50% do valor da tradução ou

Adaptação de tradução ou versão a combinar
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INTERPRETAÇÃO SIMULTÂNEA REMOTA –
RSI
Interpretação de um orador em local diferente do intérprete, viabilizada por tecnologias da
informação e da comunicação.
Como a interpretação remota é uma atividade que exige concentração extrema e gera
grande desgaste, os intérpretes trabalham sempre em dupla. Somente trabalhos com
duração máxima de uma hora permitem a execução por um único intérprete.
Da mesma forma e de acordo com as boas práticas elaboradas para a redução dos riscos
inerentes a qualquer tipo de prestação de serviços e para garantir a disponibilidade da
equipe, para além de 1 hora, recomenda-se a contratação mínima de 3 horas.
Considerando-se que os custos das tecnologias de RSI são cotados em moeda
estrangeira, as tarifas podem variar conforme abaixo:

Modalidade Duração Número de intérpretes Tarifa por intérprete


RSI Até 1 hora 1 intérprete R$ 2.475,00 a
R$ 2.750,00


RSI Até 3 horas 2 intérpretes R$ 1.710,00 a
(indivisíveis) R$ 1.900,00


RSI Até 6 horas 2 intérpretes R$ 2.250,00 a
(indivisíveis) R$ 2.500,00


RSI Até 8 horas 2 intérpretes R$ 3.150,00 a
R$ 3.500,00


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